domingo, 23 de novembro de 2014

O milagre do Órgão



Uma página muito conhecida e muito curiosa da vida da Beata Francisca Paula de Jesus – Nhá Chica é o milagre do órgão.
A capela da Senhora da Conceição estava terminada, ou quase. Isto significa que o ocorrido deve ser datado já nos últimos anos da vida da beata. Mas, ela queria mais alguma coisa e manifestou-o à sua serva.
Conta-se que, certa vez, em sonho, Nhá Chica ouvira a voz de Nossa Senhora a dizer-lhe que queria um órgão para seu templo. Ela guardou o nome ouvido, mas na sua ingenuidade não sabia o que era aquilo. Foi então consultar, a respeito, o pároco, Mons. Marcos Pereira Gomes Nogueira, contando-lhe o sonho e indagando o que era um órgão.
O reverendo lhe respondeu:
- Ah! Nhá Chica, órgão é uma coisa muito bonita, um instrumento que se toca nas igrejas e encanta as almas, mas para isso precisará de muito dinheiro.
- Mas, Nossa Senhora o quer, respondeu Nhá Chica.
O pároco, num instante, calculou e disse-lhe aproximadamente o preço de um instrumento como este. Ao que ela imediatamente respondeu:
- Na rua São José, número 73, no Rio de Janeiro, chegou* um assim.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Santidade: dom alegre oferecido a todos



Na audiência geral, na qual todas as quartas-feiras encontra-se com os peregrinos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa sempre faz uma catequese, um ensinamento aos peregrinos sobre um tema específico. Nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2014, o Papa Francisco falou sobre o chamado universal à santidade.
«Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Um grande dom do Concílio Vaticano II foi aquele de ter recuperado uma visão de Igreja fundada na comunhão e de ter interpretado também o princípio da autoridade e da hierarquia em tal perspectiva. Isto nos ajudou a entender melhor que todos os cristãos, enquanto batizados, têm igual dignidade diante do Senhor e têm em comum a mesma vocação, que é aquela à santidade (cf. LG, 39-42). Agora nos perguntamos: em que consiste essa vocação universal a ser santos? E como podemos realizá-la?

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Nhá Chica, um exemplo para uma «Igreja em saída»



A expressão «Igreja em saída» é do Papa Francisco, que desde o início do seu pontificado nos tem desafiado a ser uma Igreja que não se fecha sobre si mesma, em seus assuntos de sacristia e cúria, mas que se abre às reais necessidades da humanidade, de quem é servidora. Na sua primeira entrevista à revista Civilità Cattolica, a papa disse: «Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade».
Na sua exortação apostólica «A alegria do Evangelho», o papa dedica todo o primeiro capítulo ao tema da «Transformação missionária da Igreja», e a certa altura ele afirma: «Essa alegria é sinal de que o evangelho foi anunciado e está dando fruto. Mas, sempre tem a dinâmica do êxodo e do dom, de sair de si, de caminhar e semear sempre de novo, sempre mais adiante» (EG, 21), e, ainda, «A Igreja em saída é a comunidade de discípulos missionários que “primeream” (tomam a iniciativa, adiantam-se, vão primeiro), que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam» (EG, 23).